quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Próxima estação: Laranja Mecânica. Desembarque pelo lado direito do trem.

Um blog organizou um mapa do metrô com os 250 melhores filmes do Cinema, segundo a votação organizada pelo Imdb.com no ano passado. Assim como o mapa integrado de ônibus e metrô de São Paulo, algumas vezes fica difícil entender o quê Wall.e está fazendo ao lado de Casablanca. E assim como acontece na nossa cidade, ainda faltam inaugurar umas tantas estações. Principalmente em relação ao cinema europeu, alguns Dogma-95 ou filmes sul-americanos (nosso Cidade de Deus, pelo menos, está aí, ao lado de Na Natureza Selvagem e Amores Perros). O Imdb é um site americano afinal de contas e votações dos internautas dá nisso.

Os responsáveis pelo blog já avisam: para ir de Intriga Internacional (North by Northwest) até Alien, é preciso passar por Poderoso Chefão II.

Afinal, qual a sua linha predileta? (Veja o mapa abaixo. Clique para ampliá-lo).


terça-feira, 10 de agosto de 2010

Caribou (e uma aula de meia fusão)

Se tem um recurso de edição que é difícil de ver bem empregado, este é a meia fusão. O visual, que nasce da mistura de duas imagens, baixando a opacidade de uma delas, acabou sendo usado à exaustão nestes clipes românticos e shows de bandas bregas, muitas vezes para mostrar duas coisas que acontecem simultaneamente no palco (por exemplo, vermos o vocalista com toda a sua emoção ao mesmo tempo em que ocorre uma brilhante performance do saxofonista).


Pois bem diferente disso faz o clipe da bacana Odessa, música do multi-instrumentista Caribou (o figura da foto acima). Dirigido pelo coletivo Video Marsh, as imagens se misturam o tempo inteiro no vídeo e nascem justamente da mistura de duas ou três coisas diferentes. Raramente vemos uma imagem sem estar composta com outra e quando vemos, é por muito pouco tempo. Isso gera um ritmo bem bacana para todo o vídeo, assim como também cria movimento para imagens estáticas ou uma certa melancolia para imagens em movimento (até porque muitas delas tem movimento alterado, em slow). Vale lembrar que o artista é canadense e que a palavra caribou quer dizer alce, coisas que estão relacionadas ao tema do videoclip. Vejam o vídeo abaixo e preparem-se: ele vai tocar dia 27 de outubro em São Paulo, no Clash Club. O show também promete.

CARIBOU - Odessa from Caribou on Vimeo.

Em tempo: conheci o videoclip no tumblr do amigo Gabriel Dietrich (http://gabdietrich.tumblr.com/). Recomendo a visita!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Sobre 007 (gadgets, segredos e claro, bondgirls)

"Quem é o vilão que conseguiu parar James Bond? São os problemas financeiros da MGM, dona dos direitos sobre a franquia mas que está arcada sob o peso esmagador de uma dívida de 4 bilhões de dólares". Notícia vai, notícia vem, fato é que cada vez está mais difícil para os fãs de 007 verem um novo filme, o que seria o número 23 da série. Problemas financeiros do estúdio complicam a produção do novo filme, ainda mais porque digamos que um filme do 007 não é o que poderíamos definir como sendo "baixo orçamento".



Para ajudar a baixar a espectativa, fiquemos então com o curta-metragem Secret Stash do taiwanês (!!!) Yiting Cheng. Não tem bond girls, não tem efeitos espetaculares, super vilões, Aston Martins ou Martinis ("Shaken, not stirred"). Mas tem a ver com uma das minhas partes prediletas de todos os filmes, desde criança (tirando as bondgirls): a parte dos gadgets. Uma pessoa que acompanha os filmes do detetive sempre quer saber o que mais pode ser colocado no relógio, na mala, no carro ou na caneta dele (no bom sentido, é claro) e como estas novas coisas vão salvá-lo no final do filme. Pois este curta, que não tem nada a ver com a série, dá algumas possibilidades de onde esconder coisas na sua casa, para você pelo menos se sentir mais próximo do James Bond (já que não dá para ter as bondgirls).


E se você esqueceu dos momentos marcantes da série, aqui um pequeno documentário de 10 minutos, com o genial Desmond Llewelyn, que interpreta o Q (o quê?), comentando alguns dos principais gadgets.



Ok, faltou bondgirls? Então aqui no Youtube tem uma lista com as 10 mais, ou se preferir, as 20 mais, para você. Música ruim, imagens de pouca qualidade e edição sofrível. Mas são bondgirls afinal de contas. Ah, Ursula Andress...

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

A Origem (e a origem) de Christopher Nolan

Vá se preparando para um dos filmes do ano, que estréia nesta sexta-feira (ao menos em São Paulo). É o novo experimento de Christopher Nolan, o diretor inglês que já te deixou perturbado com Amnésia e Insônia e te divertiu um bocado com os dois últimos filmes do Batman.


O filme em questão se chama A Origem (Inception, no original) e conta com Leonardo DiCaprio (fazendo outro policial num mundo fantástico, como em A Ilha do Medo, que comentamos aqui), o casal amigo das boas comédias românticas: Ellen Page (do Juno) e Joseph Gordon-Levitt (de 500 dias com ela) e Michael Caine, um dos prediletos do diretor. E tem esse trailer animal aqui, que te deixa realmente com uma bela de uma expectativa:



E já que falamos do A Origem, de Chrisopher Nolan, me parece interessante também falar da origem de Christopher Nolan, ou melhor, de um dos primeiros filmes que o diretor fez (e que o ajudou a se lançar no mercado cinematográfico). Se chama Doodlebug (1997) e já foi lançado numa das edições de curtas europeus do bacana Cinema 16. Poderíamos interpretar como um típico exercício de escolas de cinema: foi feito em 16mm, uma única locação, um só ator, em preto-e-branco, sem diálogos. Ainda assim, o exercício ficou bem interessante e já mostra um pouco o universo em que viria a trabalhar futuramente o diretor: drama psicológico com influência de sonhos e alucinações, que nesse caso fica bastante surreal. Interessante também saber que no curta ele trabalhou como diretor, roteirista, câmera e também editor. Confiram o resultado abaixo.



Santa expectativa para o novo filme, Batman!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Walk Across America (ou: a difícil tarefa de cruzar o país para fazer um stop-motion)

Uma idéia simples de realização complicada: fazer um stop motion que mostre alguém caminhando pelos principais pontos turísticos dos Estados Unidos. Resultado interessante (que parece não estar associado -pelo menos por enquanto- a nenhum produto ou campanha turística) e que está relacionado à difícil tarefa de andar belos três mil kilômetros para tirar 2.700 fotos (quase uma foto por km, se pensarmos assim).



É interessante também conferir o Behind the Scenes feito por eles, onde falam sobre o processo, mostram uns testes que fizeram antes para simular os movimentos do ator e registram os bastidores da road trip (no googlemaps dá para ver também o roteiro feito por eles).



Agora que você já viu como fica legal, e já sabe como fazer, é pegar a sua câmera e ir do Oiapoque ao Chuí registrando as maravilhas do nosso país. Se quiser, pode até passar em casa para um café quando estiver por São Paulo. Boa sorte.