terça-feira, 27 de julho de 2010

thunder, THUNDER, THUNDERCATS, ooooooooooo

É bastante curioso ter expectativa sobre o possível filme dos Thundercats, que tempos atrás, havia sido previsto para sair este ano. Missão difícil (para não dizer impossível) a de transformar seres cinzas e amarelados, com orelhas e dentes de tigre, suspensórios ridículos e superpoderes, em algo divertido e interessante cinematograficamente. Mas se eles já conseguiram fazer um filme do X-Men e até do Watchmen, por que não iriam conseguir com mais esse? (Logicamente, parte do suposto sucesso destes outros implica em, por exemplo, tirar as orelhas marrons, assim como trocar todo o uniforme, do Wolverine, transformando o herói em um motoqueiro com garras; coisa difícil de mudar no universo dos Thundercats).


O fato é que está previsto para 2011 uma nova série de desenhos animados com os personagens no Cartoon Network (acima uma idéia do que seria o novo conceito visual da série). E um filme para 2012, com diretores, atores e etc, ainda bastante nebulosos.

Parte dessa grande expectativa dos fãs em relação ao filme se deve justamente a pensar como seria essa passagem dos desenhos, com toda a liberdade que eles tinham, para um ação com atores reais nos moldes dos filmes de super-heróis que temos hoje. Um poster que fizeram aí pelos anos 97/98 (assim como haviam feito antes do filme para o Watchmen), tenta ajudar a imaginação, colocando atores conhecidos, como Wesley Snipes e Ed Harris, no lugar dos personagens (abaixo).


Mais interessante que este exemplo, e um bom exercício de edição, é o trailer fake que fez o tal WormyT, disponibilizado no Youtube, para o que seria o filme dos Thundercats. Segundo ele, tudo foi feito no Photoshop, alterando quadro a quadro cenas de filmes famosos e depois juntando tudo no Premiere. É um trabalho bem feito que usa apenas softwares simples (só o logo final do trailer, em 3D, foi feito por outra pessoa). E é legal que ele consegue convencer - e saciar parte de nossa curiosidade - mesmo tendo que transformar o Garfield 3D dos novos filmes, no Snarf. Confiram o resultado abaixo.



Pra quem gostou, essa é segundo ele a lista de filmes usados:
10,000BC, Masters of the Universe, Indiana Jones and the Last Crusade, Lord of The Rings: Return of the King, Farscape: The Peacekeeper Wars, Chronicles of Riddick, Pitch Black, X2:X-men United, X-men:The Last Stand, Troy, Star Trek6: The undiscovered Country, Space Hunter: Adventures in the Forbidden Zone, Stargate, Mighty Morphin Power Rangers: The Movie, Garfield, Enemy Mine, Spykids, Underworld, The Mummy, The Mummy Returns, Galaxy Quest, John Carpenter's Ghosts of Mars, Planet of the Apes, Aliens, Mortal Kombat: Annihilation, Reign of Fire, Mad Max Beyond Thunderdome.

Para relembrar o desenho original (e voltar à infância), clique aqui.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

The Books (videoclips diferentes para músicas diferentes)

Outro projeto musical interessante é o formado pelos americanos do The Books. As músicas deles não parecem ter uma lógica específica e alternam por diferentes gêneros, usando bases eletrônicas, violões e outros instrumentos de cordas, e milhões de ruídos, barulhinhos, falas que eles encontram por aí. Parece muitas vezes que eles usam a lógica do documentário cinematográfico dentro da música, de tantos recortes que eles fazem com qualquer tipo de som. E dentro desta lógica, não poderia faltar ótimos videoclips para ilustrar tudo isso.


No DVD intitulado Play All, eles fazem uma boa mistura de técnicas de animação e montagem e muitas vezes você fica com dúvida se é o vídeo que ilustra a música ou se é a música que nasce de uma idéia audiovisual (dá para ver alguns tantos exemplos no site da banda).

Este mês eles lançaram um novo disco, chamado The Way Out. Junto com o lançamento, publicaram o videoclip de uma das melhores músicas, chamada A Cold Freezin' Night. Essa música ilustra bem a piração musical deles e é também um bom exercício de montagem. Usando várias imagens de arquivo meio aleatórias, de gravações caseiras, há alguns bons momentos, bem como um bom ritmo. Não parece mesmo um pequeno documentário?



Outro videoclip bacana é o da música Smells Like Content, uma das melhores deles na minha opinião. O videoclip é feito manipulando textos e pouquíssimas imagens, muitas delas de fundo, o que gera um visual bem interessante. E fica no final a frase na cabeça, que certamente ajuda a curtir o trabalho deles (e para mim se relaciona com a produção audiovisual em geral): Expectation leads to disappointment. Muito melhor quando você não espera nada e é surpreendido com uma coisa diferente, bacana. Como são as músicas e os vídeos deles.


quarta-feira, 21 de julho de 2010

Broken Deer / Alice Cohen (ou: clip estranho para música mais estranha ainda)

Joanna Newson e CocoRosie parecem já para você quase tão pops quanto Lady Gaga e Justin Bieber? Pois conheça o projeto da canadense Lindsay Dobbin, chamado Broken Deer. Assim ela descreve (em inglês) as suas influências musicais:

"Moments of transition. Merging of worlds. Discovery. Shift, inspire, lift, move, forward, backward, up and down. Mystery. Ground breaking. Breaking ground. Ground works. Afterimage of sound. An impression. An imprint, embossed. Close, faraway. Raw material. Moon material. Potatoes. Whale songs."

Coerente com a proposta e mais estranho que música de baleia é o clip para a música White Woman, feito em animação pela americana Alice Cohen (que também faz música).



Agora você já sabe que fim dar para aquela velha enciclopédia que está parada lá na casa do seu avô, tá vendo só? Jan Svankmajer ficaria orgulhoso.

Além do projeto musical, Lindsay também mantém um interessante blog, chamado The dreaming, em que apresenta de Bill Viola e Slavoj Žižek às coisas que a assustavam no cinema quando ela ainda era criança. É de lá também a foto que ilustra este post, que está no about dela. Esquisitices à parte, vale a visita.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Light Painting. De Pika Pika a Light Warfare.

Um mesmo recurso. Dois exemplos diferentes. A mesma lógica corta-e-cola do post anterior. E os mesmos japoneses como fonte de inspiração.


O primeiro exemplo que vi de usar o light painting - recurso fotográfico que consiste em tirar uma foto de longa exposição e manipular luzes em frente à lente, "desenhando" no ar - para animação foi através dos japoneses Pika Pika. O coletivo, que circula em festivais de arte e de animação e já levou seu workshop pros 4 cantos do mundo, conseguiu mostrar como era legal usar a técnica; e fez todo mundo entrar na brincadeira. Abaixo, um vídeo de 2007, em que eles mostram diferentes situações. E depois, a passagem deles pelo festival Anima Mundi (que está acontecendo agora no Rio e logo vem a São Paulo) em 2008.





A idéia já foi usada para a criação dos mais diferentes vídeos, desde publicidade (como uma para um tal Ford Kuga) até pedido de casamento (um curioso vídeo, aqui). Mas um que me chamou a atenção, porque usa a idéia para fazer um vídeo divertido e faz bem feito (mesmo sendo meio curtinho) é o tal Light Warfare. Aqui tem até um making of deles. Confiram o resultado abaixo.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Viva Pitágoras -> Publicidade \_/"- Ok Go -<} Manos de Topo

No melhor estilo Corta-e-cola, vemos aqui como uma idéia acaba sendo usada de outra forma, para gerar outros vídeos igualmente interessantes.


O Pythagora Switch (ou Pitagora Suitchi, no original) é um programa educativo japonês nos moldes do Rá-tim-bum (é exibido no Brasil com o nome de Viva Pitágoras - TV Cultura - ou somente Pitágoras - na TV Brasil). Assim como o nosso programa educativo, uma das coisas que fez com que ele fosse conhecido (e virasse hit do Youtube) são as longas sequências com objetos no esquema ação/reação. Nada como os japoneses para planejarem e terem uma paciência dos infernos para fazer isso ficar realmente bacana. Logicamente, eles não são os primeiros a fazer isso e nem fazem nada de um jeito mais moderno que os outros; só fazem muito bem, de forma extremamente divertida. Podia passar uma tarde vendo isso aí. Com vocês, dois exemplos.





Você deve conhecer já a propaganda do Honda Accord, feita com peças do carro (se não conhece, clique aqui). A esta altura, deve conhecer também o videoclip dos Ok Go para a música This Too Shall Pass que assim como todos os outros videoclips deles, viram hits instântaneos (se estava no Tibet no último ano, clique aqui para conhecer).

Mas um exemplo que não é tão conhecido (no Brasil, ao menos) é o videoclip da música Es Feo da banda-espanhola-com-vocal-mais-bizarro-de-todos-os-tempos chamada Manos de Topo. Acho bacana porque é uma solução bem simples e bem barata (ao contrário da megalomania do Ok Go) e que ficou extremamente eficiente. Até porque eles fazem com que as coisas que aconteçam no vídeo casem com os momentos da música e ilustrem algumas frases. Parece bacana, não? Aí abaixo para vocês.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Isso sim é um stop motion (ou: o novo vídeo do Blu)


Absurdamente bom o novo vídeo do italiano Blu, intitulado Big Bang Big Boom. Se há teoria evolucionista a seguir neste mundo é esta. E está em stop motion ainda, o que deixa tudo muito mais divertido (além de mais didático). Nos quase dez minutos de vídeo, ele consegue passar por uma quantidade realmente gigante de técnicas de animação e recursos visuais. A ponto dos dez minutos parecerem muito pouco. Tudo acompanhado por ótimos efeitos sonoros. Confiram o resultado abaixo.

BIG BAG BIG BOOM - the new wall-painted animation by BLU from blu on Vimeo.

E trazendo para o nosso território, é interessante também conferir a parceria entre ele e OsGemeos feita em um prédio em Lisboa. É só o time-lapse mesmo da pintura que eles fizeram; nenhuma animação como a anterior aqui. Mas ainda assim vale bem a pena. Clique aqui para ver.