quarta-feira, 30 de junho de 2010

Os 100 Melhores Insultos da História do Cinema (americano)

Seu chefe está pegando no seu pé? A TPM de sua mulher te cansa? Toda hora vendedores de telemarketing te ligam? Já não sabe mais do que chamar o juiz da Copa, depois dele não ver que a bola entrou claramente ou que o Tevez criou um novo conceito sobre impedimentos? Faltam adjetivos para o técnico da seleção ou para aquele meio-campista que você não conhecia até ele ir para a Copa?


Seus problemas acabaram. Trata-se unicamente de um problema linguístico. Abaixo, os 100 melhores insultos do cinema para ajudar você nesta árdua tarefa.



Mas cabem aqui alguns comentários:
1. Não são os melhores insultos da história do cinema, logicamente, e sim os melhores da história do cinema americano. Se tem uma coisa que a nossa pornochanchada soube fazer, por exemplo, é colocar palavrão no meio das frases (se bem que não sei se teríamos uma variedade tão ampla como essa ou se ficaríamos só nos "porra" e "caralho"). Filmes franceses e italianos seriam bons nesse ponto também.
2. São 100 cenas e não 100 insultos. Uma porrada delas chega a ter mais de cinco insultos (fica na verdade muito mais legal quando é assim). Se contássemos os insultos, chegaríamos fácil aí em uns quinhentos (quem quiser contar que levante a mão!).
3. Não são também 100 filmes e sim 100 cenas de insulto. Nascido para Matar do Kubrick, por exemplo, aparece três vezes. E acertadamente, já que a sequência inicial do filme poderia ser fácil a sequência mais ofensiva da história do cinema.
4. Só eu senti falta de algum Tarantino aí no meio?

Bom, para ver a lista completa de filmes que aparecem no vídeo, clique aqui. Se você tem alguma reclamação sobre o vídeo, lembrou de algum que acabou não entrando ou acha algum bobinho de mais, vá se %}&#$. Ou melhor, poste o comentário aí abaixo.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Herzog, Onde Está Wally? e Plastic Bag

O diretor alemão Werner Herzog já fez de tudo. Já fez filmes cults alemães, como O Enigma de Kaspar Hauser ou Nosferatu; já gravou no Brasil seu Fitzcarraldo, com José Lewgoy, Grande Otelo e Milton Nascimento; e já até atuou como ator em um filme do Dogma-95, pro americano doidão Harmony Korine.


O que ele não fez mas alguém fez para a gente é imaginar como seria sua interpretação do clássico infantil Onde está Wally? (vídeo abaixo).



Não é a primeira vez que alguém faz uma paródia com o diretor alemão como tema (falamos de outra aqui). No canal de RyanIverson, autor do vídeo têm outras versões, mas para livros não tão conhecidos por nós.

A inspiração para a sátira pode ter vindo de Plastic Bag, do diretor Ramin Bahrani, que Werner Herzog narrou no ano passado. Filme simpático e politicamente correto (e por tanto sério) que narra a vida de uma sacola de plástico. Algo entre as pirações com sacolas de plástico do Beleza Americana e a construção dramática do Ilha das Flores do Jorge Furtado (certamente o melhor curta-metragem nacional).



Seja na tiração de sarro ou num curta politicamente correto vemos aqui dois exercícios bem interessantes relacionados ao cineasta Werner Herzog. Já que ele sempre apoiou os novos diretores, imagino que ele também não deva ver grandes problemas nessas outras adaptações de seu estilo, mesmo que seja na base da tiração de sarro. Não deixa de ser uma homenagem afinal de contas.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Jogando com perspectivas

Dois vídeos que mostram jogos bem interessantes com perspectivas.

O primeiro é o videoclip de The Denial Twist, dos White Stripes, dirigido pelo Michel Gondry (sempre eles!). Como Gondry já disse milhões de vezes, para ele a mágica deve acontecer em frente da câmera; ou seja, ele manipula os elementos e compõe os efeitos muito mais durante a filmagem do que em pós-produção. Neste videoclip, ele joga com as escalas dos objetos e pessoas que estão em quadro, confundindo a perspectiva da câmera. O jogo lembra a lógica do cinema expressionista, principalmente em relação ao uso dos cenários, como no filme O Gabinete do Doutor Caligari. Em outro vídeo, vemos uma imagem do making of do videoclip, que mostra como foi montado o estúdio para alcançar estes objetivos. Confira o clipe abaixo.



Jogando também com perspectivas mas desta vez manipulando a câmera (em pós-produção), temos o vídeo experimental de Jeremy Mooney-Somers que simula uma verdadeira perspectiva reversa, como diz no título (clique aqui para saber mais). A idéia aqui é simular como seria um vídeo com a perspectiva reversa ao olho humano, ou seja, os objetos que estão mais longe ficariam maiores e diminuiriam a medida que se aproximassem da câmera. Um efeito bastante curioso que pretende só ilustrar, quase que cientificamente, um procedimento. Diferente do Gondry, que usa esses elementos para a diversão, para visuais inovadores dentro da produção de videoclips, por exemplo. Confira este outro resultado abaixo.

True Reverse Perspective from JMS on Vimeo.


terça-feira, 22 de junho de 2010

Corta-e-cola agora também é @corta_cola

Para expandir as discussões desse blog; para outras dicas que não viram post; para comentários gerais sobre o que acontece por aí; agora Corta-e-cola também no twitter: @corta_cola.

Dê um follow lá e faça um blogueiro feliz.


(E como lá só pode ter 140 caracteres por mensagem, faço este post também ser mais objetivo, para já entrar no laborioso exercício de não ser prolixo)

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Fazendo música com filmes

Já pensou em editar as falas de um filme para compor uma música? É o que faz o australiano chamado Pogo (não confundir com o estúdio brasileiro de finalização que tem o mesmo nome). Usando longas famosos como base (em gerais de animação), ele cria videoclips com melodias bem curiosas e edições bastante interessantes. O figura é esse aí abaixo.


Essa brincadeira deu certo. O canal dele do Youtube já teve mais de um milhão de exibições e ele já foi convidado a fazer versões musicais para empresas (como publicidade) e de filmes, como o recente Up - Altas aventuras.

Para começar, conheça a música que ele fez usando como base a animação de Alice no país das maravilhas, da Disney, certamente um dos seus vídeos (e músicas) mais famosos.



Um que gosto bastante é a música que ele fez usando o filme O Exterminador do Futuro 2. Não só a edição é bem bacana aqui, como diz ele que todos os sons existentes na música vieram do próprio filme.



Por último, fiquem com Gardyn, primeira música feita por ele com sons reais (que ele mesmo gravou). Um simples documentário, de como a própria mãe gosta de cuidar do jardim acabou virando um videoclip interessante, com boa manipulação de música e vídeo.



Assim ele descreve na sua página a experiência de fazer o videoclip:
"Filming and mixing my mother’s garden was a great experience. Mixing films will always be a passion of mine, but it’s certainly exciting to imagine running around the world with a camera, microphone and laptop. Now whenever I hear sounds and voices around me, my brain starts ticking!". (Para saber mais das idéias dele por trás dos vídeos, clique aqui).

Que venham outros!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Com a copa desse jeito, o melhor é apelar pro Bruno Aleixo

Já que nessa Copa do Mundo:
- 2 x 0 já é goleada;
- Os melhores atacantes são os zagueiros;
- Gol contra já é golaço;
- Se alguém tiver na frente de algum bolão por aí, certamente é um cara amargo e rabugento;
- Se você tentar fugir do Galvão, cai no Luciano do Valle;
- E fugindo do Casagrande, cai no Neto (ou no Edmundo, o que é ainda pior);
- O Robinho provavelmente servirá na Copa mais para o intervalo comercial do que para fazer gols (dizem por aí que ele está em 7 de cada 10 propagandas da Copa);
- Acabamos simpatizando com a seleção argentina, seja pelo Messi, seja pelo Maradona (e corinthianos em geral simpatizam com Tevez e Mascherano). Alguns simpatizam até mais com eles do que com a nossa própria seleção;
- A publicidade, mesmo assim, acha que colocar argentinos, ora abobalhados, ora pagando mico, serve para vender melhor. Colocam eles como os "vilões" do evento. E parece assim que a Copa só conta mesmo com esses dois times (o nosso contra o deles);
- Ninguém aguenta mais ouvir falar de vuvuzelas, jabulanis e outras palavras do continente africano (coisa que os locutores e comentaristas adoram);

O jeito é apelar para o humor; melhor ainda se ele não se preocupar em fazer muito sentido.


E para isso, ninguém é melhor que o Bruno Aleixo no momento (foto acima). O português, que já até apareceu no "Fala que eu te escuto" mandando abraço à todas as torcidas (menos a do Palmeiras) tem mais comando do que qualquer mediador de mesa-redonda; seu programa tem certamente convidados mais inteligentes (como o Busto, o Nelson ou o Homem do Bussaco) que os já citados Edmundo, Neto e Casagrande; e se todo mundo diz saber quem vai ganhar tudo, que nem concorrentes ao Oscar, para depois ficar se explicando porquê não acertou a previsão, melhor fala quem não fala mesmo coisa com coisa.

Aí abaixo o episódio dedicado ao Brasil na série de programas estilo mesa-redonda que eles fizeram, dedicando cada programa para analizar uma seleção (clique aqui para entrar na página oficial deles).



Outro genial da série é o dedicado ao time da Eslovênia (ou seria Eslováquia?), em que ele fala quais são os times do campeonato paulista que ele gosta; e o que ele não gosta.



Vídeos simples, com ótimo timing para as piadas, que sabe usar bem o potencial de canais como Youtube e são todos feitos em montagem, manipulando poucos elementos. A prova de que para bom humor basta um bom roteiro e sacadas inteligentes; coisa necessária em tempos desta Copa tão pouco emocionante.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Copa do Mundo (e a transmissão da ESPN Brasil)

Aproveitando que hoje começa oficialmente a Copa do Mundo, pedi para o amigo Henrique Meira, que está na África do Sul trabalhando nas transmissões para a ESPN Brasil, comentar um pouco como estava sendo o trabalho por lá. E também como era usar uma nova tecnologia para edição e transmissão dos dados (o tal "IP Director"). Aí abaixo a colaboração dele, direto de Joanesburgo:

"Segunda, 07/06 foi o primeiro dia oficial de transmissões ao vivo aqui da redação de Joanesburgo. A sensação? Adrenalina de um front... Tensão, nervosismo, mas no final, o alívio e a alegria de tudo ter dado certo.

O principal motivo da insegurança: o tal do "EVS"; e o programa "IP DIRECTOR", a alma da TV aqui na África, sistema responsável por todo gerenciamento e funcionamento da redação, programa onde tudo passa por ele. Matérias recebidas via AVID, arquivamento, gravação dos programas e o PLAYOUT, onde as matérias são organizadas e colocadas no ar.

Como na ESPN ninguém nunca tinha trabalhado com isso, a insegurança era justificável. Afinal ainda trabalhamos com a boa e velha "BETA". Arcaica, mas confiável que é uma beleza!

Mas um primeiro dia como esse é essencial para "quebrar o gelo".

Agora, com o perdão do trocadilho, é matar um leão por dia, e fazer do IP DIRECTOR um aliado desta cobertura."


Acima, foto do "Control Room" do International Broadcast Center, a base da imprensa internacional, em Joanesburgo. E o Henrique, nosso colaborador, no Switcher usado pela ESPN Brasil. Desejo sorte para a nossa seleção no Mundial; e uma boa cobertura para eles.

Para saber mais sobre o IP Director, que ele mencionou, veja abaixo o vídeo de apresentação do sistema.


terça-feira, 8 de junho de 2010

Projection Mapping e Marketing do Homem de Ferro 2

Se falávamos no post anterior do Homem de Ferro 2 e suas ações de marketing, uma que me pareceu interessante e gerou um bom resultado foi uma intervenção artística que aconteceu no castelo de Rochester, na Inglaterra, com o filme como tema, em cima de uma música do AC/DC, presente na trilha sonora.


Assim como no filme, nesta apresentação ao ar livre a tecnologia é também a principal protagonista. Fazendo um bom uso de criação 3D e composição com elementos gráficos, a apresentação é caracterizada também como a primeira a usar vídeo real dentro do Projection Mapping. Essa técnica consiste em mapear uma localização real (casa, edifício ou nesse caso, castelo) e usar suas diferentes características (janelas, portas, bordas, etc.) como informação para a projeção, que faz vídeo e arquitetura dialogarem.

ACDC Vs Iron Man 2 - Architectural Projection Mapping on Rochester Castle from seeper on Vimeo.

Para saber mais a respeito dessa técnica, veja abaixo o vídeo do VJ Spetto, curador da delegação brasileira na Dialectos Digitales, mostra de artes que aconteceu ano passado em La Paz, Bolívia. Segundo ele, os brasileiros ficaram um mês por lá criando diferentes intervenções urbanas e instalações, participando de workshops, etc. O vídeo é quase um tutorial a respeito. Prova também que aqui no Brasil temos muita coisa interessante neste sentido. Aproveite.


segunda-feira, 7 de junho de 2010

Os efeitos de "Homem de Ferro 2" (e o problema das continuações)

Lançar o "Volume 2" não é um problema apenas para o She & Him, o MGMT e o Vampire Weekend neste 2010. Tentar manter o que os fizeram famosos, conseguindo inovar minimamente e tendo sacadas novas é também o problema por trás do Homem de Ferro 2, atualmente em cartaz (ao menos ainda em São Paulo). Como na música, o primeiro de qualquer série cria o conceito e apresenta algo naturalmente inovador (mesmo o herói sendo conhecido nos comics), tendo bastante liberdade para isso. O segundo já vem com uma boa dose de expectativa - auxiliada pela ação gigantesca de marketing, no caso do filme. Expectativas que não se confirma em nenhum dos casos; no do super-herói, ao optar-se pelo drama pessoal que passa o personagem em detrimento da ação, perde-se também alguma espontaneidade e ironia, que acarreta também em problemas de ritmo, ficando arrastado em muitas horas. É na verdade um filme de ligação para outros tantos filmes que a Marvel lançará nos próximos anos; escondendo alguns ícones, indica os filmes do Capitão América, Thor e Os Vingadores, além de já ter vindo na cola do segundo filme (que não é na verdade uma continuação) do Incrível Hulk.


O que sim funciona no filme (sendo relavante para este blog) é o papel da tecnologia dentro da história; visualmente mais relevante - e chamativa - nas muitas cenas que acontecem no laboratório do personagem principal (Tony Stark). Lembra tanto visualmente como narrativamente a interação homem/máquina existente no filme Minority Report, interpretado por Tom Cruise (clique aqui para rever as cenas com esses efeitos), com a diferença que agora a interface está espalhada pelo ambiente, mais tridimencional em certo sentido. E Robert Downey Jr. dialoga com ela de forma muito mais leve, menos rigída (e não estamos mais em um filme futurista, mesmo estando ainda no terreno da ficção científica). Um bom uso de elementos 3D, que dialogam perfeitamente com os personagens -a ponto de serem eles mesmos personagens- e participam de momentos importantes do filme, gerando um visual que (aqui sim) encanta e inova. Bom uso da atual tecnologia de pós-produção para representar o que seria o ápice da tecnologia, genericamente falando.

Abaixo um vídeo de uma das produtoras de efeitos, onde vemos os gráficos associados aos muitos gadgets do personagem principal. E depois, uma sequência de fotos que mostra em detalhe a cena da descoberta de uma mólecula, com as primeiras idéias da equipe de produção. (Na página da Motiongrapher, há uma extensa matéria, com vídeos que ilustram perfeitamente a produção dos efeitos - e a relação com a gravação em chroma- das cenas do laboratório. Clique aqui para ver. Recomendo fortemente).

Iron Man 2 Graphics Montage from Perception on Vimeo.




terça-feira, 1 de junho de 2010

People Change no Cinesul e no Festival Locomotiva

O meu curta-metragem, o People Change (falei melhor sobre ele aqui), foi selecionado para mais dois festivais nacionais.


O primeiro é o Locomotiva, interessante festival de animação que acontece na cidade de Garibaldi, no Rio Grande do Sul, entre os dias 7 e 12 deste mês (semana que vem por tanto). Ele participa da Mostra Competitiva Nacional. Será exibido dia 09, quarta-feira, às 19h00. Clique aqui para ver os outros selecionados para a mesma mostra. Abaixo a propaganda do Festival que foi colocada hoje na home pages deles.



O outro é o Cinesul, Festival Latino-americano de Cinema e Vídeo, que acontece na cidade do Rio de Janeiro entre os dias 15 e 27 deste mês. O meu curta-metragem foi selecionado dentro da mostra dedicada à arte e experimentações visuais. O Festival se extende a vários espaços da cidade e abrange muitos estilos e gêneros diferentes. Uma interessante forma de conhecer outros aspectos e formatos da produção latina. Clique aqui para ver os outros selecionados para a mesma mostra que a minha.


Quem puder, compareça aos festivais. Certamente terá muita coisa diferente e interessante por aí. Eu já estou comemorando muito esta seleção para os dois festivais, interessantes propostas do nosso país no meio audiovisual, que inclusive têm focos bem diferentes.